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A Evolução dos figurinos de Dança do Ventre


Os figurinos utilizados na Dança do Ventre sofreram algumas modificações com o passar dos anos. Assim como a dança, sua vestimenta tem uma origem muito antiga. Podemos observar que, apesar de surgirem novas tendências de moda na Dança do Ventre, ainda podemos encontrar vários detalhes que seguem uma tradição.


Vejamos o histórico...

O período em que se originou o que conhecemos hoje por dança do ventre foi uma época de rituais sagrados em regiões como Egito Antigo e Mesopotâmia. As mulheres dançavam nestes rituais com adornos nos pulsos e nos tornozelos, enquanto o rosto já era realçado com maquiagens produzidas por habitantes das civilizações destas regiões.

As Gawasee (ciganas Egípcias), surgiram depois deste período. Elas dançavam em ruas e praças públicas, vestindo roupas feitas de moedas, utilizadas ainda hoje para algumas apresentações de Dança do Ventre. Elas também usavam lenços e tatuagens. Nesta mesma época, também existiam as Awalim, muitas vezes confundidas com as Gawasee. A diferença entre elas é que as Awalim eram mulheres cultas, ligadas a arte. Elas se apresentavam em festas de luxo e usavam véus que hoje são adotados na dança pelas bailarinas ocidentais.Na segunda metade do século XIX, surgiu a Dança Baladi (dança solo de mulheres). O estilo valorizava os movimentos de quadris, portanto elas usavam vestidos e amarravam franjas, lenços e véus nesta parte do corpo para deixá-la em evidência.

Os acessórios das bailarinas do Oriente, como os adornos de ouro e pedras preciosas, sempre chamaram muito a atenção. As ocidentais ficaram fascinadas por seus enfeites, quando a Dança do Ventre com suas roupas e acessórios se expandiu para a Europa. Houve um período marcante na história da moda, por volta do ano 1900, em que o famoso Estilista Paul Poiret criou uma nova tendência inspirada em vestimentas dos povos do Oriente Médio. Túnicas, turbantes e calças de odaliscas faziam parte desta tendência. Ele utilizava nas suas criações tecidos mais leves como a seda, estampas com tinturas e pedrarias.

O foco atual é nos materiais - Hoje, podemos observar a influência dos povos do Oriente nas nossas roupas com pedrarias, saias longas e trabalhadas. O interessante é que muitos estilistas brasileiros exportam estas criações para Países dos Emirados Árabes, como Dubai, onde as mulheres consomem e investem mais em moda do que no Brasil, devido a fatores culturais e condições econômicas mais favoráveis. No Brasil, as vendas são bem menos expressivas. Este fenômeno também acontece com os trajes de Dança do Ventre, já que os trajes mais sofisticados e personalizados têm um custo maior.

No Egito, as bailarinas mais famosas estão sempre inovando seus figurinos de Dança do Ventre. Elas escolhem ombreiras, minissaias, capas, coroas e luvas de acordo com seu gosto pessoal e sua imagem que passam para o público nas apresentações. Encontramos também, no Egito, desde figurinos mais ousados e modernos até os mais tradicionais que nos remetem aos filmes das décadas de 1940 e 1950.
Atualmente, os trajes de Dança do Ventre são mais "clean", ou seja, possuem menos enfeites e misturas de materiais. As roupas são elaboradas com foco específico nos materiais, aumentando sua sofisticação. Existem algumas diferenças de design e materiais de um País para outro. Fatores como economia, cultura, política e clima também podem influenciar nestas diferenças.

O importante é o figurino não perder sua tradição, respeitando sempre o estilo da Dança que será apresentada. Danças folclóricas exigem um figurino específico. Fatores como a música, movimentos especiais, instrumentos utilizados na Dança, motivação da coreografia e dos espetáculos, etc. devem ser analisados na elaboração do figurino. Além disto, é essencial observar características da personalidade da bailarina, pois é algo que ficará em evidência no momento da dança, exigindo um figurino adequado.


Fonte: Blog Hanna Aisha

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